AFONSO RÉ LAU

O NEGE é o 14º clube do país e o primeiro do distrito de Aveiro a associar-se à Federação Teqball Portugal, adotando esta como a sua segunda modalidade oficial. 

O teqball foi inventado na Hungria, em 2014, e, desde aí, rapidamente entrou numa “fase explosiva da sua expansão e crescimento enquanto modalidade desportiva” tanto que, hoje em dia, é praticado em mais de 100 países do mundo. Para esta expansão, muito terão contribuído jogadores e antigos jogadores de futebol dos mais variados clubes de topo do continente europeu que começaram a praticar teqball como forma de treinar a sua capacidade técnica ou simples divertimento. O grande objetivo é continuar a crescer e, assume a federação, “fazer com que o teqball se torne modalidade olímpica”.

Existem competições nacionais em vários países e até já se realizaram eventos internacionais dedicados à modalidade. Em Portugal, a primeira competição nacional deveria arrancar em 2020, mas com a crise de saúde pública instalada, o arranque ficou suspenso. 

Mesmo assim, o NEGE foi um dos clubes que decidiu antecipar-se e apostar no desenvolvimento desta modalidade. “Esperamos ter treinadores e árbitros no clube, certificados pela FITEQ [a Federação Internacional] o mais breve possível”, afirmam, garantindo que contam “ter rapidamente equipas em nome do NEGE no circuito/campeonato nacional que se avizinha”. 

Atualmente, quem quiser experimentar o teqball tem, no Parque Desportivo da Gafanha da Encarnação, o local ideal para começar. “Embora possa haver algumas mesas espalhadas pelo distrito, o NEGE é o primeiro clube a consignar uma área exclusiva [a esta modalidade], com dois campos de jogo e uma zona de treino com equipamento específico que neste momento está a ser ultimada”, diz fonte do clube da Gafanha da Encarnação. No NEGE, o teqball vai poder “ser lúdico para uns, um tipo de treino técnico adicional para os jogadores de futebol, e também um desporto de competição para aqueles que façam parte das equipas” do clube. 

Como se joga?

O teqball joga-se com uma bola de futebol numa mesa similar à do ténis de mesa, sendo que o tampo é curvo e a rede rígida. Pode ser jogado individualmente (singles) ou por duplas (doubles). Cada partida joga-se à melhor de 3 sets, cada um, jogado até aos 20 pontos. 

A bola pode ser tocada por qualquer parte do corpo à exceção dos braços, mas não é permitido tocar a bola consecutivamente com a mesma parte do corpo. O número máximo de toques antes de devolver a bola ao adversário é de três, com a particularidade de na vertente doubles ser obrigatório ambos os jogadores tocarem na bola antes da sua devolução para a equipa adversária. 

A curvatura da mesa faz com que a bola ressalte para o jogador, que pode jogar com o pé, perna, peito, ombro ou cabeça. “A mesa foi concebida para desenvolver as técnicas e as habilidades dos jogadores de futebol, profissionais ou amadores”, explica a federação. “Se a mesa fosse plana, a bola não ressaltaria”, acrescenta.

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