Foto: CMI

“Por agora não cortamos a relva. Estamos a promover a polinização!” Esta é uma campanha do município para promover a polinização, que se considera “essencial ao equilíbrio ambiental”.

A Câmara Municipal suspendeu o corte da relva e está a deixar crescer a vegetação espontânea em parques e jardins públicos. Em comunicado, a autarquia salienta que este tipo de vegetação “serve de alimento aos insetos polinizadores, como as abelhas e as borboletas, permitindo a sua sobrevivência e o cumprimento da sua função”.

Assim, a Câmara Municipal “dá o seu contributo para travar o declínio dos insetos polinizadores, tão importantes para a segurança alimentar, a agricultura sustentável, a saúde ambiental e dos ecossistemas e o enriquecimento da biodiversidade”.

“Os polinizadores garantem a reprodução de muitas plantas, através da formação de fruto ou semente, sendo que aproximadamente 80% das espécies vegetais dependem do transporte do pólen pelos polinizadores entre as flores masculinas e as flores femininas. Desta forma, estima-se que 35% da produção agrícola mundial dependa da ação dos polinizadores. Importa, portanto, sensibilizar e educar a comunidade para a importância de manutenção e criação de habitats para que os polinizadores coabitem no nosso espaço, representando uma contribuição significativa no aumento da biodiversidade nos espaços públicos que se reflete, também, nos espaços privados”, justifica a vereadora Mariana Ramos, responsável pela área do Ambiente.

“Entendemos que a presença da biodiversidade no espaço público é uma mais-valia para o nosso território, por isso iremos criar condições para que a qualidade ambiental dos nossos espaços seja uma referência”, conclui.

No âmbito da polinização, no último domingo, realizou-se uma oficina de construção de ‘Abrigos para Insetos Polinizadores’, no Planteia, junto à Casa da Cultura, onde os participantes conheceram as principais diferenças entre abelhas, abelhões e vespas asiáticas, e perceberam a importância dos insetos polinizadores no ecossistema. A partir de cortes em canas e furos em pedaços de madeiras, construíram habitações para os polinizadores descansarem, alimentarem-se e multiplicarem-se.