O Tribunal de Aveiro condenou, na passada segunda-feira, 30 de maio, seis pessoas a penas de prisão, entre um ano e meio e oito anos, por crimes de tráfico de droga e posse de armas proibidas. No total estavam acusadas nove pessoas.
Dois arguidos, pai e filho, ambos em prisão preventiva, ficaram com as duas únicas penas efetivas. A mais pesada, de oito anos, foi para o mais velho, enquanto a mais leve foi para o mais novo.
Um dos arguidos exaltou-se e teve de ser retirado da sala de audiências pelos agentes policiais, enquanto acusava, aos gritos, o tribunal de ter sido “racista”.
O incidente ocorreu no final da leitura do acórdão e levou a Procuradora do Ministério Público a requerer que fosse extraída certidão para procedimento criminal contra o arguido por crimes de perturbação de órgão de soberania e ameaças. A juíza presidente do coletivo, em declaração feita para a ata, disse-se “profundamente ofendida”.
Três arguidos condenados por tráfico de droga e posse de armas proibidas ficaram com penas suspensas condicionadas a obrigações de cinco anos, três anos e meio e dois anos.
Uma mulher foi condenada, por tráfico de droga, a dois anos de prisão suspensa.
Outros três acusados (duas mulheres e um homem) foram absolvidos dos crimes imputados por falta de provas.
Os arguidos, com idades entre 23 e 60 anos, foram acusados na sequência de uma investigação GNR que motivou buscas no final de 2020.
Para além do tráfico de droga, que os acusados levaram a cabo pelo menos desde 2018, a partir de Ílhavo, Aveiro e localidades periféricas, estava também em causa a compra e venda de armas de fogo proibidas.
A Procuradora do Ministério Público anunciou a pretensão de recorrer do acórdão por discordar da absolvição de arguidos.