Foto: CM Ílhavo

A autarquia iniciou, no final de março, uma intervenção florestal no lugar da Nossa Senhora dos Campos, antiga Colónia Agrícola, tendo como objetivo a defesa da floresta contra incêndios florestais, a proteção de bens, pessoas e animais, bem como o ordenamento florestal. Com um prazo previsto de execução de 30 dias, esta intervenção representa um investimento de cerca de 38 mil euros.

Nesta primeira fase, a intervenção abrange um total de 87 hectares, em área florestal do Estado, sob gestão da ESTAMO – Participações Imobiliárias S.A., que gere o património imobiliário público e que delegou esta empreitada ao município, restituindo posteriormente o investimento realizado. A restante área será intervencionada numa segunda fase.

Esta ação de prevenção tem como objetivo minimizar os efeitos e a dimensão dos incêndios rurais, tendo em vista a proteção de pessoas, bens, animais, zonas de habitações, instituições e outras entidades. Para isso, estão a ser realizadas ações de controlo da vegetação arbustiva e arbórea, de forma a reduzir a carga combustível e a criar descontinuidade dos mesmos.

Simultaneamente, está a ser realizado o controlo de vegetação invasora, predominando as acácias de diversas espécies, que são uma das principais ameaças à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas, causando impactos ambientais e económicos negativos. Além disso, estão a ser abatidos pinheiros secos, enquanto ação de prevenção e controlo de pragas florestais.

Junto à capela e ao lago, serão preservados os núcleos de vegetação, removendo-se apenas vegetação invasora arbustiva e o material lenhoso seco que se encontra no local.

O ordenamento florestal deste espaço visa privilegiar e restaurar a vegetação autóctone, sendo o pinheiro-bravo a principal espécie arbórea autóctone, verificando-se ainda pequenos núcleos de vegetação ripícola, como o salgueiro, que contribuirá para o aumento da biodiversidade do espaço, onde existe o esquilo castanho e o pica-pau.

Foi dado o primeiro passo em finais de novembro de 2024, com a plantação de pinheiro-bravo em cerca de 2000 metros quadrados, prevendo-se, no final de 2025, promover a rearborização das clareiras no restante espaço florestal, com pinheiro-bravo e pinheiro-manso, e alguns exemplares de arbustivas autóctones, como o pilriteiro.

Em comunicado de imprensa, é referido que «a segurança e usufruto do espaço florestal na Nossa Senhora dos Campos, enquanto espaço de recreio e lazer, paisagístico e ambiental, serão certamente valorizadas com esta ação de ordenamento florestal, que também minimizará/eliminará os roubos futuros de lenhas».

Prevê-se ainda a implementação de faixas de gestão de combustível, conforme definido no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, ainda em vigor, num total de 45 hectares, localizadas em redor da Zona Industrial da Mota, rede viária florestal, bem como em terrenos florestais sob sua gestão, confinantes com edifícios inseridos em espaço rural.

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