A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro contestou a recente publicação de diploma legal que permite às Águas do Centro Litoral um regime de exceção na atualização de tarifas, considerando ainda a decisão dos onze municípios integrantes da CIRA abandonarem as Águas do Centro Litoral.

Esta exceção «assume-se como um cheque em branco entregue às Águas do Centro Litoral supostamente necessários à estabilidade da empresa, sem qualquer condição de controle prévio pelo regulador e pela concedente», pode ler-se em comunicado.

«Com a exceção publicada, “certificam-se” opções de gestão erráticas que vão gerar, já no corrente ano, para além dos encargos decorrentes daquilo que seria a atualização esperada (IHPC), mais dois milhões de euros a pagar, no fim da linha, pelos utilizadores na Região de Aveiro», revela a CIRA, explicando que «o aumento permanente e exponencial do custo do serviço em alta, torna completamente impossível disponibilizar aos clientes finais um serviço de qualidade a preços socialmente aceites».

«Há muito que os Municípios acionistas da AdRA têm chamado à atenção da tutela e do regulador para as erradas opções de gestão assumidas na alta e que inevitavelmente têm reflexos no custo final do serviço prestado», avança, alertando que «a ausência, ao longo do tempo, de uma tomada de posição pela Tutela, agravada pelo decreto agora publicado, criaram uma injustificada e insustentável situação que exige o reiterar da decisão oficial, há muito comunicada, de abandonarmos as Águas do Centro Litoral».