A candidatura do Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro foi a única proposta selecionada para representar Portugal em 2025 no processo internacional da UNESCO, sublinhando a sua Salvaguarda Urgente.

A decisão final será conhecida na 20.ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorrerá de 8 a 13 de dezembro, na Índia.

Se aprovada, esta será a décima-primeira inscrição portuguesa na Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade e a primeira proveniente da Região Centro de Portugal, conferindo ao Barco Moliceiro um reconhecimento global, que reforça o seu valor cultural, histórico e simbólico.

Por iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), em 2022, foi feita a inscrição do Barco Moliceiro no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Todo este processo deu origem à criação de um Plano de Salvaguarda do Barco Moliceiro e da Arte da Construção Naval, com o objetivo de iniciar a candidatura do bem à Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade.

O documento, além de reunir décadas de iniciativas promovidas por entidades públicas, privadas e associativas, define cinco eixos estratégicos de ação para orientar futuras ações e intervenções, que a Comunidade Intermunicipal assume coordenar e concretizar.

O percurso para a valorização e salvaguarda do Barco Moliceiro teve início em 2019, com a elaboração do Relatório sobre Boas Práticas e Orientações para a Certificação do Património na Região de Aveiro, em colaboração com o IPDT.

Fundamentou a decisão na Comunidade Intermunicipal, juntando onze municípios, de avançar para a sua classificação enquanto património coletivo de natureza imaterial.

Para além do seu carácter identitário, a candidatura pretende potenciar um novo produto turístico de grande capacidade promocional à escala internacional.