A Câmara de Ílhavo apresenta o Festival Rádio Faneca que arranca no Centro Histórico de Ílhavo esta sexta-feira, dia 16, e decorre até domingo, dia 18, contando com mais de 60 eventos gratuitos – concertos, programas de rádio, sessões de teatro e circo contemporâneo, jogos tradicionais e um jantar performativo.
Tó Trips, Glockenwise, Zé Ibarra, B Fachada, Luca Argel e Manuela Azevedo com a Orquestra Jazz de Matosinhos são os nomes dos concertos da noite, que nos dias 16 e 17 terminam com os dj sets de Helena e João André Oliveira, no Jardim Henriqueta Maia.
Nos concertos dos becos, que acontecem no pátio da Dona Conceição, na Rua do Grande Banco, na Rua d’O Ilhavense e na Travessa da Filarmónica Ilhavense nas tardes dos dias 17 e 18, atuam Jasmim e Filipe Sambado, e ainda quatro duplas de artistas ilhavenses, que integram a plataforma PRAIA (do programa de apoio à produção local do 23 Milhas) desafiados a tocar em conjunto pela primeira vez, e que criaram, na maior parte dos casos, músicas de raiz: Paula Cirino e Cláudio da Paula, Satha Lovek e Henrique Vilão, Rui Pereira e António Justiça e Equinócio e Wine on the Carpet.
No palco Rádio, junto ao Planteia, na Praça da Casa da Cultura de Ílhavo, há concertos de O Marta, Ana Lua Caiano e Branco toca Marco Paulo, programas como o podcast ao vivo “Ouve bem o que te digo”, com os Maior Idade do Município de Ílhavo, a conversa “Isto não é uma luta de galos”, com Emanuel Graça, entusiasta da música portuguesa, Guilherme Marta (O Marta), Rafael Ferreira (Glockenwise) e a moderação do jornalista Miguel Rocha (Rimas e Batidas, Playback) e ainda um debate sobre a evolução do território no que toca a espaços de descanso e passeio, a propósito do tema desta edição do festival (deambulação, contemplação e desaceleração) que junta Conceição Martins (habitante do Centro Histórico), Eliana Fidalgo e Sara Santos (Centro de Documentação de Ílhavo) e Paulo Anes (Arquiteto do Município de Ílhavo).
Também na rádio, que é conduzida este ano por Marta Rocha (Antena 3) e Maria Inês Santos (23 Milhas), há entrevistas, discos pedidos e programas especiais de apresentação dos projetos Coro da Madrugada (coro comunitário a partir do arquivo de José Afonso) e Orquídea (grupo de teatro com a comunidade que celebra o legado de Natália Correia). A rádio pode ver-se ao vivo, das 10 às 20 horas, ouvir-se em 103.9 FM ou online, em link disponibilizado nas redes do projeto 23 Milhas nos dias do festival.
Nos projetos com a comunidade, o projeto Casa Aberta regressa, já esgotado, para vários jantares performativos, que acontecem em simultâneo, no sábado, às 19 horas, a partir do trabalho com a poeta Francisca Camelo, desenvolvido nas últimas semanas com 10 casas (entre elas uma associação e uma loja do comércio local) do Centro Histórico de Ílhavo. Este ano, exploraram-se as memórias gastronómicas dos participantes e construíram-se, a partir disso, vários poemas e um compêndio de receitas.
A programação da 10ª edição do festival conta ainda com quatro Histórias nos Becos – “Desabruxar”, – criadas pela atriz Ana Madureira, em contacto com a comunidade ilhavense. A Casa da Cultura de Ílhavo acolhe a performance Masaje de la Visión, com cinco sessões por dia de uma massagem que é também uma performance e o projeto de teatro Soundcheck, do Teatro da Didascália. Destaque ainda para o espetáculo de circo contemporâneo “Chá das 5 – Peça para quatro amigas mais uma que nunca mais chega” (Jardim Henriqueta Maia), os Jogos do Helder (Praça da Casa da Cultura de Ílhavo) e a Oficina do Brincar, no Jardim Henriqueta Maia, que aposta em atividades que desafiam os mais jovens a abrandar e a tirar partido da calma para brincar.
O acesso ao festival é gratuito. Para a “Masaje de la Visión” e “Soundcheck” é necessário efetuar inscrição ou fazer o levantamento de bilhete nas bilheteiras físicas da Casa da Cultura de Ílhavo e da Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré ou nos formulários disponíveis no site e nas redes sociais.