A Universidade de Aveiro (UA) viu aprovado, através do Fundo Ambiental, um financiamento de 5 milhões de euros para melhorar a eficiência energética e ambiental do Campus do Crasto. O projeto pretende contribuir para a redução do consumo de energia e da criação de fontes de energia alternativa, além de permitir também o aumento da eficiência hídrica através da substituição de equipamentos. Esta é mais uma das muitas medidas que a UA tem adotado em matéria de sustentabilidade.
‘Crasto Rumo ao Carbono Zero’ é o nome do projeto que visa a implementação de medidas de eficiência energética em vários edifícios públicos em funcionamento no Campus do Crasto, cujo edificado se situa na continuidade do Campus de Santiago e que engloba cinco edifícios: Edifício da Saúde (Escola Superior de Saúde e Departamento Ciências Médicas), Casa do Estudante, Residência Universitária do Crasto, Balneários do Crasto e o Complexo de Refeitórios do Crasto.
O projeto pretende reduzir as emissões de dióxido de carbono através da redução do consumo de energia dos edifícios e da criação de fontes de energia alternativa. As medidas previstas no projeto vão fomentar a eficiência energética e de outros recursos, reforçando ainda a produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo, contribuindo para a melhoria do desempenho energético e ambiental do Campus do Crasto.
As duas grandes medidas a implementar são a construção de uma rede de calor alimentada por uma central de biomassa de 2,25 MW e a instalação, no parque de estacionamento, de painéis fotovoltaicos de 1,2 MW. Estas serão complementadas pela instalação de um sistema solar térmico, substituição de vãos envidraçados e iluminação interior, entre outras tecnologias que vão ser implementadas para responder ao elevado consumo energético e hídrico dos edifícios desta zona da UA.
Prevê-se que estas medidas, que começam agora a ser implementadas e cuja conclusão está prevista para meados de 2025, possam contribuir para uma redução anual de quase 79% do consumo de energia primária, o que se traduzirá numa redução anual de emissões de gases com efeito de estufa na ordem dos 75% e na respetiva poupança financeira, passando a classe energética do Campus do Crasto de C para A+.
Sobre estas melhorias, João Veloso, Vice-reitor da UA, explica que «a UA, como instituição de saber que é, tem a perfeita consciência do dramático impacto que a emissão de carbono tem para as gerações vindouras e, como tal, assume a responsabilidade de procurar formas de contribuir para a sua redução, apresentando-se esta medida como um passo muito significativo nessa mesma direção».
Esta é uma medida enquadrada no Programa ‘Eficiência Energética na Administração Pública Central’, no âmbito do investimento ‘TC-C13-i02 – Eficiência energética em edifícios da administração pública central”, da “Componente C13 – Eficiência Energética em Edifícios” do Plano de Recuperação e Resiliência.