Depois de a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré manifestar a sua “insatisfação” e “repúdio” pelo anunciado fecho do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na localidade, o PCP de Ílhavo junta-se à contestação com o desejo de “travar este processo de encerramento e degradação da qualidade de um serviço que é público”.
“Está em curso um processo que visa transferir clientes e negócios rentáveis para a banca privada, não apenas na Gafanha da Nazaré, mas também em mais 22 balcões em Portugal até ao dia 26 de Agosto”, sustenta o PCP de Ílhavo em comunicado.
Expressando “solidariedade” e “profunda preocupação”, a estrutura comunista de Ílhavo afirma que este encerramento “priva os seus cidadãos do acesso a um serviço fundamental” e que “este em particular é efetivado pelo banco público, que deve ter a obrigação de desempenhar um papel de proximidade para com a população”.
Os comunistas sublinham ainda que “este encerramento é ainda mais incompreensível quando se considera que a CGD anunciou lucros de 486 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, não havendo qualquer sinal de desequilíbrios financeiros no banco público, antes pelo contrário”.
Para o PCP, esta situação não é nova, relatando o “encerramento de mais de 300 agências nos últimos 10 anos, tal como a redução de 3300 trabalhadores no mesmo período”.
Na ótica do partido, “a CGD deve cumprir um papel estratégico no país, servindo para satisfazer as necessidades sociais, apoiar a dinamização económica da sociedade e promover o desenvolvimento do país. Contudo, não é isso que se verifica neste momento”.
Foi também anunciado que o PCP irá chamar o Ministro das Finanças à Assembleia da República para “questionar as orientações do Governo para a CGD”.