Os Vereadores do Partido Socialista manifestaram, na última reunião da Câmara Municipal de Ílhavo, realizada em sessão pública na Costa Nova, a sua insatisfação pelo esquecimento a que está votada aquela localidade nos últimos anos, no que diz respeito à sua valorização nos campos da requalificação do espaço público e da promoção da qualidade de vida dos que ali residem.
Os Vereadores Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Alfredo Sousa deram nota da sua surpresa por aquela reunião pública realizada na Costa Nova não servir de mote ao anúncio de investimentos há muito ansiados pela população, muitos deles que foram tema de debate promovido pela candidatura do PS na campanha eleitoral autárquica e cujo resultado eleitoral ali verificado demonstrou a adesão dos eleitores à necessidade de um novo impulso para a Costa Nova, através da votação maioritária no projecto do PS.
O PS assinalou que é cada vez mais crescente a frustração da população residente na Costa Nova quanto à ausência de investimento na localidade. Os Vereadores socialistas alertaram que a Costa Nova não pode ser encarada como um mero postal, porque não o é. Na Costa Nova vive gente. Gente que merece respeito.
Os Vereadores do PS lembraram vários exemplos do abandono da Costa Nova como a ausência da qualificação das vias públicas, sendo os casos mais gritantes a Sul da Costa Nova, como a inexistência de passeios, a degradação dos pisos; o abandono do Parque Desportivo da Costa Nova; a vacuidade do Relvado da Costa Nova como zona árida e inabitada de vivências sociais; a Festa da Nossa Senhora da Saúde que foi descapitalizada da actividade económica que gerava pelos impedimentos que a Autarquia gerou à realização da tradicional feira; o Cais dos Pescadores que persiste cada vez mais desqualificado; o Cais Criativo que funciona como um colonato da cultura de fora que ignora a riqueza cultural e etnográfica da comunidade local.
Aquela reunião de Câmara resultou, no entendimento dos Vereadores do PS, numa desilusão para a população da Costa Nova, numa oportunidade perdida para que a Câmara demonstre que se preocupa com aquela localidade e com as pessoas que nela residem.