Foto: Olivia Matni

Está a nascer, em Ílhavo, uma nova associação cultural. A AGIL, acrónimo de Associação Gráfica Ilhavense, aparece em torno do conceito de “uma gráfica artesanal e daquilo que uma gráfica produz”. O objetivo, explica a associação, é encarar a gráfica como “dispositivo criativo, artístico e difusor de conhecimento”, com a missão de “reunir artistas, autores e comunidade”.

A gráfica, propriamente dita, ainda não existe. Mas a AGIL já começou a atuar.

A primeira iniciativa da associação foi uma feira de arte, realizada na tarde de 24 de agosto, no pátio da Confraria Camoniana de Ílhavo, em Cimo de Vila. Esta “matiné” juntou perto de duas dezenas de artistas – ilustradores, designers e outros artistas gráficos – e público “em clima de celebração”, onde não pôde faltar música, comida e bebida. A animação esteve a cargo das escolhas musicais de Maria Vai Com Todas e Emanuel Graço. Quanto à ementa, havia propostas para todos os gostos: bifanas, caldo verde, feijoada vegan, brigadeiros e uma sangria que, diz quem provou, estava “deliciosa”.

A afluência “excedeu todas as expectativas” dos jovens organizadores que fazem uma avaliação “extremamente positiva” do evento.

Atualmente, a AGIL está em processo de remodelação das futuras instalações. É este, aliás, o destino das receitas da matiné: as obras de requalificação do antigo Catembe Bar, na rua Arcebispo Pereira Bilhano, e a transformação do edifício numa gráfica artesanal, um “espaço social, de experimentação, produção e fruição artística” e que sirva de sede à associação.

A empreitada, que viverá do trabalho voluntário dos associados, deverá estar terminada no final do ano. “O objetivo é abrir portas em janeiro”, assumem. Até lá, e sempre com as ideias da gráfica e das artes gráficas como ponto de partida, a AGIL quer avançar para a organização de “ações fora de portas”, trabalhando em parceria com outras associações, instituições e coletividades do município.

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