O PS Ílhavo vai a eleições no último dia do mês de janeiro e há duas listas na corrida à liderança da estrutura concelhia. Sérgio Lopes, vereador da Câmara Municipal de Ílhavo e presidente da comissão política local há seis anos, recandidata-se a novo mandato, adotando o lema “Vencer 2021!”. E é, precisamente, a pensar nas eleições autárquicas de 2021 que Hugo Lacerda, advogado e deputado municipal eleito pelo PS, também apresenta a sua candidatura. Lacerda garante, no entanto, que, em relação a essas eleições, não tem “nem a ambição, nem o desejo de vir a ser o seu principal protagonista”. Para o advogado, o mais importante é assegurar que, em 2021, o PS não perde a “oportunidade de ter os melhores e mais competentes – sem egos – a sufrágio”.
Se, para Sérgio Lopes, a recandidatura foi algo “natural”, o mesmo não se pode dizer de Hugo Lacerda. O deputado municipal afirma que esta candidatura “não foi uma decisão fácil” e que só decidiu avançar pelo seu imperativo de consciência e pelos “apelos de vários camaradas”. Hugo Lacerda tem vindo a afirmar-se, no interior do partido, como “um protagonista ativo e crítico” do caminho que o PS, “publica e internamente”, tem assumido em Ílhavo.
Já Sérgio Lopes considera os últimos seis anos como tendo constituído “tempos de afirmação e crescimento do PS em Ílhavo”, fruto do trabalho e envolvimento dos dirigentes, autarcas e militantes. Sublinha ainda que, no decorrer da sua presidência, todos os atos eleitorais foram “preparados com método, tempo e exigência”.
Em comum, ambos os candidatos têm o apelo à união.
Para Sérgio Lopes, este biénio 2020-2021 “terá como prioridade a definição da estratégia eleitoral para as autárquicas de 2021” e, no seu entender, esse é um processo que deverá envolver, “para além do Partido, a sociedade”. É nesse sentido que convoca os militantes socialistas, pedindo-lhes que permaneçam “unidos e em equipa”. Lopes diz acreditar na “capacidade e potencial de envolvimento dos socialistas de Ílhavo” e assume querer continuar a renovar o partido “sempre somando mais gente, nunca subtraindo ninguém”.
Hugo Lacerda concorda que o partido “precisa de todos os seus militantes unidos”, mas entende que essa união “necessita de saber ouvir, não apenas o exterior, como de igual modo o seu interior”. Lacerda assume “o desafio” de fazer do PS “o partido vencedor que o concelho merece e precisa”, prometendo “dedicação, frontalidade, lealdade e, em particular, descomprometimento eleitoral”.