Recebemos do Presidente da Comissão Política Concelhia de Ílhavo do Partido Socialista de Ílhavo, Sérgio Lopes, ao abrigo do direito de resposta, o seguinte comunicado acerca da notícia “Autárquicas provocam convulsão interna no PS” publicada no site do Ilhavense, ontem, dia 11, fevereiro:

«Direito de Resposta – “Autárquicas provocam convulsão interna no PS”

Exmos. Srs.,

O Presidente da Comissão Política Concelhia de Ílhavo do Partido Socialista vem, ao abrigo do direito de resposta consagrado na Lei de Imprensa, prestar esclarecimentos imprescindíveis para repor a verdade quanto ao que é relatado em notícia publicada na edição online do jornal “O Ilhavense”, no dia 11 de fevereiro, intitulada “Autárquicas provocam convulsão interna no PS”, dado que o PS/Ílhavo não foi contactado por aquele órgão de comunicação social para prestar a informação que servisse de contraditório ao que ali é explanado.

1.     Não é verdade que a votação tenha decorrido em ambiente de grande contestação, polémica e votos contra. A reunião decorreu nos termos regimentais e democráticos normais na vida de um Partido. Foram debatidas as propostas apresentadas pelo Presidente da Concelhia – aliás, as únicas apresentadas – e, em ambiente de normalidade democrática, votadas e aprovadas por maioria expressiva.

2.     Não é verdade que a maioria tenha vetado qualquer candidatura. A maioria votou, sim, de forma expressiva, as propostas de cabeças-de-lista do PS aos órgãos autárquicos, tendo sido o resultado expresso, por exemplo, na escolha do candidato à presidência da Câmara, Eduardo Conde, de 16 votos favoráveis, 3 votos em branco e 2 votos nulos.

3.     Continua a não ser verdade que a maioria tenha excluído o autarca João Campolargo das listas autárquicas. Nem o que foi votado foram as listas autárquicas, foram apenas os seus cabeças-de-lista, nem o autarca João Campolargo foi afastado dessas listas: se o autarca João Campolargo não é cabeça-de-lista do PS, é porque não quis.

4.     Ora, não sendo verdade que alguém tenha sido afastado das listas do PS, muito menos é que o tenha sido porque apoiou esta ou aquela candidatura ou porque tenha currículo académico, profissional e de carácter. Não vemos de resto razões para rejeitar essas competências, como é bom de ver pelos cabeças-de-lista escolhidos.

Ora, se nada disto é verdade, aquela notícia é, lastimosamente, uma notícia falsa.

Se “O Ilhavense” tivesse contactado, como era seu dever, o Presidente da Concelhia do PS na procura de contraditório teria constatado que 16 votos favoráveis, 3 votos em branco e 2 votos nulos, não são propriamente o melhor indicador para caracterizar uma convulsão interna. O título escolhido para a peça jornalística estilhaça-se quando embate na realidade que “O Ilhavense” quis ignorar ao não contactar os responsáveis do PS/Ílhavo em busca de contraditório.

Se “O Ilhavense” tivesse contactado, como era seu dever, a direção do PS na procura do contraditório, para a formulação rigorosa e verdadeira da notícia – sem desmerecer eventuais divergências de opinião entre fontes – teria certamente como resultado uma peça jornalística de qualidade.

“O Ilhavense” preferiu fazer a notícia com base exclusiva nas fontes que, como é bom de ver e testemunhar por quem participou na reunião, são de autoria escandalosamente identificável, dado que as expressões usadas na notícia são a repetição da intervenção de um dos membros da CPC.

Ao fazê-lo, sem buscar o devido contraditório, “O Ilhavense” permitiu-se ser instrumentalizado por agentes que pretendem, única e exclusivamente, prejudicar o Partido Socialista, com recurso às táticas da baixa política. E não podemos deixar de lamentar que não tivesse tido “O Ilhavense” uma conduta que impedisse esta instrumentalização que coloca o jornal numa posição de parcialidade que o levou a publicar uma notícia falsa.

Sérgio Lopes
Presidente do Partido Socialista de Ílhavo»

Nota da Direção: Publica-se este comunicado do Presidente do Partido Socialista de Ílhavo na íntegra, a que não éramos obrigados, dado que, evocando o Direito de Resposta, o extravasa. A notícia que provocou este Direito de Resposta não é falsa, ao contrário do que se afirma. Nela não se põe em causa a votação (por maioria), não se publicam nomes falsos de candidatos, apenas se refere a discordância entre os participantes.

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