O MARIA – Movimento de Amigos da Ria de Aveiro já prestou declarações, no âmbito de um inquérito aberto pelo Ministério Público, sobre os termos em que está a decorrer a empreitada de desassoreamento na Ria de Aveiro.

O advogado do movimento, Pedro Tróia, acompanhou a diligência, no âmbito deste inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Aveiro, que está ainda numa fase preliminar.

“Trata-se de um procedimento habitual neste tipo de inquéritos para recolha e registo de informação”, disse Paulo Ramalheira, citando o advogado que acompanhou o MARIA nesta diligência do Ministério Público.

Através de uma reportagem emitida no programa a ‘Prova dos Factos’, da RTP1, no passado dia 17 de junho, ficou a saber-se que o Ministério Publico abriu um inquérito na sequência de duas queixas apresentadas ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro.

O MARIA apurou que a abertura do inquérito em curso foi objeto de um despacho do Ministério Público datado do dia 2 do passado mês de fevereiro.

“A obra de desassoreamento em curso na Ria de Aveiro, iniciada em abril de 2017 e com um custo superior a 23 milhões de euros, deveria ter ficado concluída em julho de 2020, mas após uma sucessão de atrasos nunca explicados continua sem um fim à vista”, refere o movimento em comunicado.

“A empreitada tem sido objeto de duras críticas das diferentes comunidades da Ria de Aveiro e ainda de investigadores da Universidade de Aveiro, que, de um modo geral, consideram que a obra resulta num fracasso e num desastrado desperdício de dinheiros públicos”, conclui.