A bancada do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Ílhavo aproveitou a última reunião para alertar para o abrandamento da atividade e do investimento do Município, apesar da acumulação evidente de saldo de tesouraria, que se anuncia em quase 8 Milhões de Euros, e dos reforços da capacidade financeira da autarquia, por via das transferências do Orçamento do Estado.
Luís Leitão, líder da bancada socialista, sublinhou que o presidente da Câmara não está a acompanhar as dificuldades crescentes do tecido associativo, relacionadas com a crise inflacionista, reduzindo em 2022 o investimento municipal no apoio financeiro às associações, na medida em que a manutenção do montante investido face a 2021, tendo em conta a inflação, piora as condições do apoio prestado pela Câmara às coletividades.
Luís Leitão salientou que este abrandamento do investimento da autarquia acontece num ano de reforço de verbas provenientes do Fundo Social Municipal, tendo o Governo decidido transferir em 2022 mais 400 mil euros para o Município de Ílhavo.
Somada esta receita extraordinária ao que se perspetiva, no âmbito do Orçamento do Estado para 2023, de reforço do fundo de financiamento da descentralização, Pedro Martins, também deputado municipal do PS, conclui que só a falta de vontade política justificará a continuidade do declínio do município de Ílhavo, que João Campolargo tem prosseguido em continuidade com a falta de audácia de Fernando Caçoilo.
Pela voz de Pedro Martins, a bancada do PS apelou a que esta maioria “ice velas” definitivamente, e que, ao fim de 14 meses de mandato, já é tempo de começar a mostrar trabalho, dado que até agora nada se viu.