O Partido Socialista de Ílhavo assinalou na recente sessão de Assembleia Municipal que a dimensão do saldo de gerência transitado de 2023, de cerca de 8 milhões de euros, demonstra o marasmo em que a Câmara Municipal se encontra sob a liderança de João Campolargo. A maioria Unir Para Fazer (UpF) tem desperdiçado a capacidade financeira da autarquia, não havendo registo de investimentos em prol do desenvolvimento do concelho e da melhoria das condições de vida dos munícipes.
Pedro Martins, deputado municipal do PS/Ílhavo, constatou que a acumulação de um saldo de gerência daquela dimensão não é uma boa notícia, porque representa um montante financeiro avultado, fruto das receitas municipais crescentes, que a maioria UpF não utilizou para desenvolver os investimentos de que a comunidade necessita, como é exemplo a necessidade de acelerar a implementação de uma estratégia de combate à crise na habitação, dado o aumento das famílias com dificuldades de acesso a habitação digna a preços comportáveis.
O autarca socialista defendeu que o dinheiro público deve ser usado em benefício das populações, ao invés de encostado, sem utilidade que se vislumbre, verificando-se a ausência de investimentos realizados ou a realizar que justifiquem esta acumulação de capital.
«De referir que o saldo de gerência do Município de Ílhavo se fixou, em 2023, em cerca de 8 milhões de euros – quase um terço do orçamento anual – o que representa um resultado inédito, o dobro dos exercícios do mandato anterior, que se justifica pelas receitas fiscais a níveis historicamente elevados nos últimos dois anos, sem que tenham sido acompanhadas pelo respetivo aumento do investimento municipal, que está estagnado», concluiu.