O Peditório de Rua da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) deste ano resultou num valor angariado na região Centro na ordem dos 602 mil euros, um decréscimo de 6,5% face ao valor angariado em 2022. Os donativos destinam-se ao desenvolvimento dos vários eixos da missão da LPCC.
O Peditório Nacional da LPCC, que decorreu de 1 a 5 de novembro, permitiu, na região Centro, a angariação de 602.643,90 euros. Não obstante o decréscimo de 6,5% face a 2022, os valores apurados são indicativos do grande envolvimento voluntário e do reconhecimento das comunidades pela atividade desenvolvida pela LPCC nesta região.
«Apesar do decréscimo dos valores angariados através do Peditório de rua deste ano, a que não será alheia a profunda crise social e económica que o nosso país atravessa e as condições climatéricas adversas que se sentiram naqueles dias, foi muito gratificante assistir, novamente, à mobilização de milhares de voluntários nas 78 comunidades da nossa região e ao reconhecimento e generosidade da população para com esta causa», sublinha Vítor Rodrigues.
O produto desta angariação anual revela-se da maior importância para a sustentabilidade da missão da instituição
O presidente da Direção Regional do Centro da LPCC refere, ainda, que «estes fundos serão agora “devolvidos” à comunidade, através de programas estruturados de intervenção social na área da oncologia, com destaque para os de apoio ao doente oncológico e cuidadores».
Para além das dimensões de natureza física, emocional e social, o impacto do diagnóstico e tratamento da doença pode ser devastador a nível do económico, sobretudo quando a doença é diagnosticada ao membro da família que se constitui como a única ou a principal fonte de rendimento. Não raras vezes, conduz ao esgotamento de todas as economias familiares, quando existem.
Na região Centro, no período compreendido entre janeiro e outubro de 2023, foram atribuídos 2.521 apoios através do programa de apoio social material da LPCC, num montante que ascendeu a 164 mil euros, um acréscimo de cerca de 22% face ao período homólogo. O apoio na medicação (36%), pagamento de rendas ou prestações à habitação (25%), na alimentação (21%) e deslocações para as unidades de tratamento hospitalar (14%) foram os mais significativos.
No mesmo período, e no cômputo global dos programas de apoio e cuidados a doentes – onde se inclui o apoio psicológico e jurídico gratuito e o realizado em contexto hospitalar – este montante ascendeu a mais 430 mil euros.
O produto do peditório anual visa, ainda, permitir o desenvolvimento dos programas de promoção da saúde e prevenção da doença e de investigação em oncologia, através do financiamento anual de bolsas de apoio à investigação.