A Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC) revela um olhar íntimo sobre o Património Cultural Imaterial (PCI) com o lançamento do livro ‘SABER SER. SABER FAZER. O Património Cultural Imaterial da Região Centro’, que pretende apresentar um mapeamento rigoroso das múltiplas manifestações imateriais da Região Centro.
O livro, com uma primeira edição limitada, procura sensibilizar as comunidades para a importância da inventariação sistemática destes tesouros, particularmente das expressões em risco de desaparecimento.
A definição adotada do Património Cultural Imaterial, baseada na UNESCO, destaca as práticas, expressões, conhecimentos e objetos associados que as comunidades reconhecem como parte integrante da sua herança cultural. Este património, transmitido entre gerações, é constantemente reinventado pelas comunidades e a DRCC quis evidenciar a sua importância com a edição desta publicação também disponível gratuitamente, em formato digital, no site da DRCC.
«O património cultural imaterial das nossas comunidades tem uma relevância estratégica para o desenvolvimento sustentável da Região Centro e este é o momento para refletirmos seriamente sobre o modo como vamos preservar, salvaguardar e valorizar este frágil Património que enfrenta as mais variadas ameaças, desde logo, a profunda carência de “energia demográfica” associada à problemática do envelhecimento e ao abandono de práticas, tradições e expressões ancestrais que correm o risco de não serem transmitidas aos nossos descendentes», afirma Suzana Menezes, diretora Regional de Cultura do Centro no prefácio do livro.
O catálogo resultou de uma meticulosa abordagem metodológica que envolveu os municípios da região, apresentando detalhes descritivos e fotografias ilustrativas. Dos 77 municípios, 53 participaram ativamente.
A produção dos conteúdos, bem como, a produção gráfica e estilística desta publicação foi desenvolvida pela Universidade de Coimbra. O livro encontra-se disponível para consulta nas bibliotecas municipais da Região Centro e à venda no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra), e no Museu José Malhoa (Caldas da Rainha).