Parece que nunca vamos envelhecer, a julgar pelo modo como tratamos as pessoas mais velhas, ironicamente, curiosamente, desrespeitosamente e principalmente, se forem pessoas com menos capacidade de serem, agirem e sentirem-se independentes.

Este ano já foram encerrados 56 lares de idosos. No ano passado foram encerrados 133! Na maior parte dos casos por terem más condições de higiene e segurança. Se sabemos que existem poucos lares, que a oferta é demasiado escassa para a procura, e se, por isso, se tapa os olhos a tanta coisa, já que, “os lares ilegais são necessários para ajudar a atender à necessidade”, nem quero imaginar o estado desses lares para terem sido fechados. E esta coisa repete-se desde… sempre!

Que mundo é este que parece que ninguém vai chegar a velho? Pela forma como a nossa sociedade trata a população com mais idade, ou desses, aqueles que ficam mais desprotegidos, quer pela sua situação de saúde, ou seja pela sua situação financeira, ou mesmo pelo desprezo dos seus mais próximos, parece que ninguém chega lá.

Lembram-se da palavra “asilo”? A palavra parece esquecida, mas o que ela significa está presente em grande parte do que (ainda hoje em dia) se chamam de lares de idosos. Assim tipo depósitos de pessoas que esperam que a morte os leve depressa só para não ouvirem os berros de alguém que, muitas vezes, tem pouca sensibilidade para tratar animais de pasto, quanto mais pessoas que trabalharam uma vida inteira e agora mereceriam viver em sossego e com carinho e cuidado. E serem tratados com respeito, muito, e dignidade, mais ainda. Mas pronto, lá no fundo até queremos lá chegar, por isso, se calhar é inveja…

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