Nas vésperas de mais um feriado municipal, o líder da autarquia fala sobre as grandes obras que têm sido feitas no concelho e sobre os projetos de futuro (para ler na íntegra na edição em papel). 

 

Ílhavo é um município exigente ao nível da governação?

O município tem esta realidade que é um território muito exigente, em termos da sua centralidade. Temos o porto de Aveiro, duas cidades em que uma não quer ficas atrás da outra, duas praias que são cada vez mais visitadas. Mesmo esta questão dos nossos museus e da sua dimensão obriga a que seja difícil a distribuição do investimento municipal, até porque, infelizmente, ele não é assim tão gordo e também temos o objetivo de continuar a reduzir a dívida, que já começa a ficar em números bastante equilibrados. Ainda temos um serviço de dívida anual que são mais de 2 milhões de euros e isso tem o seu peso no nosso orçamento. Estamos a falar de 8 a 9 por cento do orçamento.

 

É uma dívida que já vem de trás…

Em 2013, a nossa dívida bancária era de mais de 21 milhões de euros. A 31 de dezembro de 2018, a dívida bancária era de 8,3 milhões e prevemos que no final deste mandato seja pouco mais de 3 milhões de euros. Portanto, é uma redução significativa.

E tudo isso sem deixar de fazer obra. A prova disso é que fizemos, no mandato anterior, a maior obra de saneamento e diria, de uma forma geral, das maiores obras do município, que foi a rede de saneamento em toda a Gafanha da Nazaré, que foi um valor bastante significativo, distribuído entre nós e a AdRA, ultrapassou os 12 milhões de euros.

 

A nível cultural, a câmara optou por apostar num projeto em rede, o 23 Milhas. O balanço é positivo?

Hoje, Ílhavo é uma referência da região Centro no âmbito cultural. E esta aposta do nosso diretor, o Luís Ferreira, foi, de facto, uma aposta ganha. Pela qualidade e conhecimento que ele tem, e pelo projeto que foi implementado.

Os nossos projetos, os nossos quatro equipamentos culturais, com as várias valências, dão-nos uma presença permanente da cultura no município. Tenho é alguma pena que grande maioria dos espetáculos que são realizados aqui no nosso município tenham uma percentagem maior de público que vem de fora do que de pessoas do município.

 

O Museu Marítimo de Ílhavo pode crescer mais?

O crescimento é sempre um objetivo. Fisicamente, admito que não. O que pode é haver mudanças no seu conteúdo, sem alterar esse conceito estrutural da pesca do bacalhau. Pode é haver campo para crescer noutras áreas.

Por exemplo, neste momento estamos a negociar com o Governo para, num espaço temporal de dois anos, os achados arqueológicos encontrados na ria serem transferidos para aqui. E também temos o projeto do antigo quartel dos bombeiros, cuja obra está prestes a arrancar, e que vai ter os elementos e património da Igreja ligados à arte marítima.

Outra das coisas que estamos a negociar, neste caso com a Marinha, é a possibilidade de o Farol da Barra, que bateu o recorde de visitantes no ano passado, poder passar para a gestão da câmara municipal.

 

Sente que é importante o farol passar para a alçada da autarquia?

Neste momento, o farol só pode ser visitado uma vez por semana. E neste conceito museológico em que teremos o nosso Museu Marítimo, arqueologia náutica, o museu da religiosidade do mar, termos também o farol, dará a Ílhavo uma oferta de visitação extraordinária.

 

 

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