Segundo um anota de imprensa do Partido Socialista (PS) de Ílhavo, o gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo admitiu, em resposta a um requerimento do vereador Sérgio Lopes, «que discriminou negativamente os não-residentes na inscrição na Escola Municipal de Natação, para o ano letivo 2022/2023, aludindo que na fase de recebimento de novas inscrições deu prioridade aos pedidos dos residentes e só depois aos não-residentes».
Pedro Martins, deputado municipal do PS, vincou que «este esclarecimento do gabinete de João Campolargo contraria as afirmações do próprio Presidente da Câmara em recente reunião de Assembleia Municipal». O autarca socialista constatou ainda que «o Presidente da Câmara faltou à verdade à Assembleia».
Na mesma nota, a estrutura socialista de Ílhavo frisa que «o silêncio e a recusa em responder por parte de João Campolargo, perante o pedido de esclarecimento da bancada do PS, confirma que a autarquia implementou uma medida de discriminação negativa no acesso a um serviço, em função da residência, conforme havia proposto o Chega». É referido também que a proposta «foi chumbada por todas as bancadas da Assembleia».
Os autarcas do PS consideram que «este expediente da maioria liderada pelo UPF [Unir Para Fazer] é grave, porque não respeita as normas estabelecidas; desrespeita a Assembleia Municipal, que rejeitou uma proposta do Chega que visava os mesmos objetivos; porque viola gravosamente princípios constitucionais e civilizacionais e coloca a Câmara a reboque da agenda populista de um Partido hostil aos princípios democráticos».