Ílhavo foi o primeiro município do Continente a aderir a 100% ao programa internacional Eco-Escolas. A Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, celebrou o Dia Eco-Escolas, a 8 de março, com um programa diferenciador.
As Nações Unidas (ONU) definiram metas e objetivos para o desenvolvimento sustentável na sua agenda 2030. Assim, o programa Eco-Escolas visa
“promover o ambiente e educar para a sustentabilidade”.
Leonel Rodrigues, atual Diretor do Agrupamento de Escolas de Ílhavo, começou por dizer, na sessão de aberta à comunidade escolar, que estes valores são de uma “relevância e importância, fundamentais. O conjunto de competências que o aluno terá que interiorizar ao longo da sua escolaridade obrigatória, pressupõe valores, diretamente associadas com o ambiente. O bem-estar, a saúde e o ambiente, dizem respeito à promoção, criação e transformação da qualidade de vida do indivíduo e da sociedade. O Eco-Escolas aponta no sentido de pensarmos em nós, num mundo global”. Uma manhã diferente, em que os alunos puderam conhecer alguns dos trabalhos realizados pelos colegas que participaram no Eco-Escolas, no ano letivo de 2016/17, através da exposição instalada, no polivalente da escola.Maria de Fátima Seabra e Eugénia Neves, docentes da Equipa coordenadora do projeto Eco-Escolas, mostraram aos presentes uma apresentação com o registo das atividades que permitiram à escola continuar a ter este galardão, cuja atribuição da bandeira é “sinal de que a escola respeitou a metodologia do projeto”, explicou Maria de Fátima Seabra, enumerando os sete passos exigidos pelo programa: Concelho Eco-Escolas, Auditoria Ambiental, Plano de Ação, Trabalho Curricular, Monotorização e Avaliação, Envolvimento da Comunidade e o Eco-Código. Foi explicado que as áreas base do Eco-Escolas se prendem com a Água, a Energia e os Resíduos, depois desenvolvidas nos subtemas – Biodiversidade, Transportes e Mobilidade Sustentável, Agricultura Biológica e as Alterações Climáticas.
No ano transato o tema foi “Alimentação Saudável e Sustentável” e a Escola Secundária realizou: Seminário Eco-Escolas, Rota-Eco Escolas – com crianças do centro paroquial e produtos da Horta Biológica, Concurso ‘Recolher para valorizar’ – no âmbito do projeto ‘Resíduo não é lixo’ (com a atribuição do terceiro lugar na recolha de pilhas e de outros resíduos, num total de mais de 1500 kg, sendo a escola que recolheu mais escovas de dentes), celebração do Dia Mundial da Alimentação, Recolha de lixos em lixeiras ilegais, plantação de árvores, lançamentos de livros, entre outras atividades.
Para Maria de Fátima Seabra, cada um tem de ser “a mudança que um mundo sustentável precisa”. Eugénia Neves disse que todas as campanhas do ano passado continuam em vigor e que, este ano, acrescentaram a recolha de papel, uma vez que o tema do ano letivo 2017/18 é “A Floresta”, realçando que a Horta Pedagógica da escola, “muito maltratada pelo Verão”, precisa de continuar a ser trabalhada, tendo tido apoio da Junta de Freguesia de São Salvador (JFSS) e dos alunos do ensino especial. A docente anunciou ainda que até abril se vão assinalar: o Dia Mundial da Floresta (21 de março), da Água (22 de março) e da Terra (22 de abril), bem como uma Ação de Sensibilização que prevê a presença da Proteção Civil, dos Bombeiros e da GNR, “para dar a conhecer alguns passos importantes para a proteção da nossa floresta”.
Na cerimónia estiveram presentes, o vice-presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) – Marcos Ré, o vereador Tiago Lourenço, assim como o presidente da JFSS – João Campolargo. Aos presentes, João Campolargo disse que a JFSS pretende “continuar a apoiar todas as iniciativas ligadas ao projeto Eco Escolas” e reforçou a importância do apoio da CMI a este projeto, “sobretudo na pessoa dos engenheiros Marcos Ré e Luís Rabaça, tem sido muito importante”, continuou o autarca.
João Campolargo disse ainda que a JFSS efetuou uma distribuição de placas de alerta, para a preservação da limpeza dos terrenos florestais, mostrando-se satisfeito com o respeito verificado:
“e temos recebido, cada vez mais pedidos de recolha de monos, que também agradeço à CMI, que tenha passado a fazer a recolha, de forma semanal”.
O vice-presidente da CMI, Marcos Ré, falou da importância dos hábitos, que se ganham em família e da influência dos professores, na aquisição de comportamentos ‘amigos do ambiente’, chamando a atenção para a urgência: “já só há meio ambiente, por isso é mesmo necessário conquistar o meio que ainda nos falta”.