Hoje em dia é difícil entender que tipo de alimentos, mesmo os “frescos”, podemos comer com a noção real do que comemos.
Há quem diga que “o que parece é” e há quem diga que “nem tudo o que parece o é realmente”, ou numa versão bem portuguesa, “as aparências iludem”. Nas pessoas é mau, preferimos sempre saber com o que contamos das pessoas que nos rodeiam. Mas quando falamos de comida, era muito bom que fosse aquilo que parece, já que neste caso, as consequências não serão apenas uns aborrecimentos. A dor de barriga, neste caso, não é por causa de uma desilusão, ou uma chatice, é mesmo porque a barriga fica maltratada por dentro.
Então, podemos referir apenas dois exemplos que parecem saídos de uma anedota de gosto duvidoso. O arroz asiático feito de plástico, e o salmão que nos chega “fresco” (ou uma parte dele). O que têm estas coisas em comum? Pois, cada uma delas parece uma coisa que não o é.
Por partes e, começando por aquilo que parece mas não o é. De todo. Nestes últimos anos, foram apreendidos, em várias alfândegas, essencialmente africanas, arroz feito de plástico. Parece que na Ásia, curiosamente um continente que facilmente relacionamos com o cultivo de arroz, agora lembraram-se que, juntando um pó de batata com plástico e com as formas certas, se poderia produzir uma coisa que parece arroz. Que giro, com duas ou três malgas de arroz, comemos pr’aí um saco de compras. Vazio, vá lá.
Do lado do salmão, parece que uma grande parte do salmão consumido no Mundo, vem de aquacultura. Até aqui nada de mal, já que uma grande parte do peixe hoje consumido tem essa mesma origem, é bom e faz tão bem ou tão mal como o peixe selvagem, grosso modo.
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