Ao ver as imagens da Avenida dos Aliados repleta de povo portista e portuense – repito, portista e portuense – celebrando, num genuíno ambiente popular, que jamais partido político algum conseguirá igualar, a felicidade de um campeonato ganho pelo seu F. C. Porto, o clube da cidade, tive quase pena de Rui Rio.

Se até jogadores estrangeiros, como Casillas, Herrera Alex Telles, compreenderam na pele e na alma a força quase mística daquele momento, se também eles se sentiram portistas e portuenses, se também eles entenderam o quanto as vitórias do clube se fundem no orgulho e no amor à cidade, como é que alguém que foi seu presidente da câmara anos a fio se permitiu fomentar o divórcio entre uma e outra entidade, tirando o povo dos Aliados, a alegria da rua, o clube da varanda dos Paços do Concelho?

Quando proclamava que, sob o seu mando, jamais a C.M.P. voltaria a prestar vassalagem ao F. C. Porto, Rio confundia o seu orgulho ilegítimo com o legítimo orgulho que a cidade deveria ter e tinha no clube que a projetou até aos confins do mundo. O F. C. Porto que Rio afastou dos Paços do Concelho, conseguiu consagrar-se, em Viena, Geselkirchen e em Tóquio, apenas o melhor de todos os clubes de futebol europeus e mundiais, do Porto até Vanuatu, não há hoje quem desconheça o nome do F. C. Porto – e por acréscimo da cidade que lhe dá o nome, mas Rui Rio, quem o conhece para lá de Vigo?

Ainda por cima, o pretexto que Rui Rio foi buscar para comprar uma guerra com o F. C. Porto (com o pormenor feio de só ter feito após ganhar a eleição…) foi a construção do Estádio do Dragão e o prejuízo eventualmente causado por um centro comercial edificado no espaço adjacente, e na periferia da cidade, aos comerciantes do centro, o desfecho foi o F.C.P. ter de pagar mais um milhão de contos, a título de indemnização por perdas e danos a uma associação dos ditos comerciantes quase inventada para o efeito.
Saudações Desportivas

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