Foi no tempo do Império Romano, segundo a maioria dos historiadores, a estratégia seguida pelos Senhores que mandavam para calar a voz da plebe que por contente com os espetáculos e trigo para a boca, não “fazia ondas”. O nosso povo diria, séculos mais tarde, que com papas e bolos se enganam os tolos e assim por diante até aos nossos dias. E ele era fado, e ele era Fátima e hoje é futebol.
As condições de vida, ou melhor, de subsistência de grande parte dos Portugueses deixam muito a desejar? Então e nos outros países o retrato é o mesmo, não é?
Ganha-se pouco? Trabalhem mais. Antigamente trabalhava-se de sol a sol e era cara alegre e pé ligeiro, não era?
Educação para todos? E quem fica para limpar as casas, costurar, cozinhar, dar cal, pescar, cavar as terras? Éramos nós os licenciados e mestres, não? Cada macaco no seu galho, claro. Além disso, o povo quer-se instruído quanto baste para não tirar o pé da chinela… quanto mais souber das leis, pior será de convencer. E mais: antigamente tinham rádio, os que tinham… hoje ouve-se música e dança-se nos grandes festivais nos parques das cidades… dantes fazia-se o passeio de domingo à taberna do Necas para mordiscar uns tremocitos, uns amendoins, o dito marisco do Eusébio, dividir um pirolito pela ganapada, um copito de três, um traçadinho. Era a festa da vida!
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