Andamos sempre a dizer que os chineses copiam tudo e a verdade é que nas últimas décadas ficaram conhecidos por copiarem produtos feitos noutros países.  Mas se calhar eles, apesar disto até ser verdade, devem ficar chateados com isso. Até devem copiar com mais cara de lata, vontade e distinção por se lembrarem que a realidade é que uma grande, gigante parte das coisas que usamos hoje, foram inventadas por eles. A distinção com que contrafazem os produtos originais é bem ilustrada num exemplo de há uns anos. Uma marca conhecida de relógios ia lançar um super-relógio, para astronautas e tudo, com dois anos de publicidade. Uma semana antes do dia do lançamento existiam cópias perfeitas em… lojas chinesas. Uma semana antes! Só pode ser vingança de saberem que, ao longo da História, inventaram tanta coisa que viram depois ser copiada.

Inventaram desde papel à medicina holística, passando pela bússola, a nora de água, os garfos. E claro, a pólvora, mas isso deu no que deu. E tanto mais. O livro “A arte da guerra” usado ainda hoje até em cursos de economia e gestão, foi escrito há 2500 anos!

Depois de verem os ingleses, ao longo de cem anos a obrigar a China a comprar ópio compulsivamente até se tornarem um país pobre e fraturado (e assim se manteve por mais cem anos, com várias guerras civis e duas Mundiais), tiveram de se lançar ao Mundo capitalista, ao seu próprio estilo, claro. Quando fazem uma coisa, fazem em grande. Por isso, lançarem-se no capitalismo foi como quando decidiram fazer um “murito” para os separar dos vizinhos que deviam fazer muito barulho milhares de anos antes… Esse “murito”, ou “muritos”, já que a Muralha da China são várias muralhas, foi (foram) sendo construído(s) ao longo de vinte séculos. Ao contrário dos ocidentais, não precisam de ver uma obra começada e terminada no seu tempo de vida, basta-lhes saber que fizeram parte da coisa.

Leia o artigo completo na edição em papel.

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