Um pouco à semelhança de A Arte em Opúsculoque surgiu na páginas de “O Ilhavense” no ano de 1998, por Artur Ramisote, inspirando-nos nesta rubrica deste “Filho da Terra” que faleceu sem ver o seu sonho realizado – deixar registado em livro a sua Rubrica de tão boa memória – em homenagem ao seu autor, em quem nos inspirámos, resolvemos deixar registado, para a verdadeira história dos Ílhavos, uma singela Homenagem a todos aqueles que, em terra, também não deixaram de ser importantes na construção desta comunidade que também se revelaria, ao longo dos tempos, um verdadeiro alfobre de intelectuais e de artistas nos vários sectores de actividade.

Homens e Mulheres que em terra também escreveram a história de Ílhavo,  pretende igualmente, dar a conhecer às gerações vindouras e aos mais jovens, muitos daqueles que, exercendo as suas profissões em Terra – (professores, “mestres”, ferreiros, carpinteiros, comerciantes, lavradores, entre outros), gente que labutou muito para conseguir o sustento do seu agregado familiar, gente que também muito contribuiu para o engrandecimento e notoriedade de Ílhavo!

Para além de figuras que já demos à estampa neste Jornal – Laurentino Santos (comerciante), Cândido de Oliveira Rocha (comerciante), Ricardo Panela (barítono de categoria internacional), Manuel Teixeira (conceituado maestro de orquestras nacionais e internacionais), Mestre João Vilarinho “Jovi – (o último topiário) e, provavelmente outros que já fazem parte dos registos deste Jornal , iniciamos hoje uma nova série que terá presença mais regular em “O Ilhavense”, admitindo-se que venha a poder ser considerada revelação de figuras típicas e, principalmente, de valores que, por algum motivo, se tenham destacado no seio desta comunidade ou que, longe dela, possam ter elevado, bem alto, o nome de Ílhavo. Aliás cumprindo o estatuto deste jornal que no seu art. nº.2 refere ser este Jornal uma “Publicação de carácter essencialmente regionalista, fiel ao seu principal escopo, sempre foi e continua a ser o espelho da vida local, quer noticiando os principais factos ilhavenses, quer traduzindo os legítimos anseios dos seus autóctones e íncolas e/ou pugnando pela solução de todos os problemas que possam interessar à vida local, quer ainda pondo em evidência os nomes e obras dos filhos mais ilustres de Ílhavo ou aqueles que, por qualquer motivo, entre os seus se distinguiram…

Pretendemos abordar muita dessa gente que, mesmo em actividades mais humildes, não deixaram de ser importantes no desenvolvimento desta Terra, embora tendo consciência que, por razões óbvias, não consigamos falar de todos os que o mereciam.

É nossa verdadeira intenção não criar melindres, muito menos qualquer tipo de polémica, esperando dos nossos leitores a melhor compreensão, principalmente no tocante à forma aleatória das abordagens que iremos fazer. Assim o esperamos.

Entrevistando e/ou socorrendo-nos de elementos constantes do arquivo deste Jornal iniciamos já nesta edição e da tal forma aleatória, a Rubrica em referência, tentando lembrar ou dar ao conhecimento da comunidade, especialmente aos mais jovens, figuras que fazem parte integrante da sua história e que por vezes parecem “esquecidas”. Desta forma, optámos por iniciar por uma dessas figuras que neta “Terras dos Ílhavos” também inscreveu, a letras de oiro, o seu nome no campo das artes…

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