Como/onde/com quem costuma passar o Natal?
O Natal é sempre passado com a família. Seja na minha casa, seja nas casas dos meus filhos. Vamos alternando, mas normalmente é na minha casa.
Tem alguma tradição natalícia? Algo que repita a cada Natal, que nunca possa falhar?
Não tenho muitos hábitos de decoração natalícia. A minha mulher põe umas luzinhas de Natal nas janelas e nas árvores do jardim lá de casa, mas pouco mais. Agora à mesa, há tradições que nunca falham…
O que é, para si, o melhor do Natal?
O melhor do Natal é ter a família toda junta. Sou um pai, avô, marido e sogro privilegiado porque tenho-os sempre junto de mim.
Quais as melhores memórias que guarda de natais passados?
Quando eu era pequeno, dias antes do Natal, os nossos pais iam à Feira dos Treze, na Vista Alegre, comprar umas “chancas” – uma espécie de tamancos de madeira cobertos com lona preta. Era dentro dessas “chancas” novas que, na noite de Natal, colocavam os presentes: umas castanhas cozidas e uns chocolatinhos pequeninos em formato de ratinhos. E eram assim os nossos natais. Tenho muitas saudades. Nessa altura, sonhávamos ter mais coisas, mas não havia. Os nossos pais esforçavam-se por nos dar aquilo que podiam. Hoje, temos tudo e mais alguma coisa e os pais esforçam-se é para não dar aos filhos tudo o que eles pedem, para colocar travões aos pedidos porque são em demasia.
À mesa, no Natal, o que é não pode faltar?
Bacalhau – postas, caras, línguas, samos – com hortaliça. Não somos família de optar pelo polvo ou pela caldeirada de enguias. Comemos sempre bacalhau e os seus derivados. Há também bilharacos e empanadas – feitos pela minha mulher ou pela minha cunhada – frutos secos, bolo-rei e umas castanhas assadas no lume.
Neste Natal, que prenda gostaria de oferecer ao Município de Ílhavo/comunidade ilhavense?
Em vez de um presente físico, gostava de deixar uma mensagem: que haja respeito, consideração e amizade entre as pessoas. Estes são, para mim, os valores mais importantes.