AFONSO RÉ LAU

Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação que, no novo Governo, assumiu também a pasta dos portos, esteve no Porto de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, no passado dia 29 de janeiro, tendo tomado conhecimento de vários projetos tendentes a alavancar a competitividade do porto. Agora, segundo o governante, o “Governo aguarda que a Administração do Porto Aveiro apresente propostas no âmbito de um novo plano de investimento portuário, existindo abertura, desde já, para melhorar a capacidade do ramal ferroviário, acompanhando outras ações nacionais já em curso”.

Acompanhado por Alberto Souto de Miranda, antigo presidente da Câmara Municipal de Aveiro e atual Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, o ministro ouviu uma exposição detalhada dos anseios manifestados pelo Conselho de Administração, a começar pelo projeto da plataforma intermodal da ferrovia. “A plataforma é importantíssima para o crescimento do porto, pois permitirá a operação de comboios de 750 metros, ao invés dos atuais 400 metros”, refere Fátima Lopes Alves, Presidente do Conselho de Administração da APA. Reconhecendo que “comboios de 750 metros significariam um aumento da capacidade e diminuição dos custos de transporte”, Pedro Nuno Santos admitiu que “está previsto lançarmos este ano o concurso para o projeto e, portanto, darmos início a este investimento para conseguirmos aumentar a capacidade em matéria de transporte ferroviário, que é decisivo para a competitividade do Porto de Aveiro”.

O Porto de Aveiro tem ambição de continuar a alargar a capacidade da Barra para receber navios, o que motivou um dos grandes investimentos dos últimos anos. Mas, nesse aspeto, o ministro tem algumas reservas. “Há estudos que ainda têm de ser feitos sobre os diversos cenários para o crescimento do porto. Esse estudo vai ser lançado (esperemos ainda este ano) para depois tomarmos as nossas opções e decisões. Mas isso depende dos resultados desse estudo e dos cenários que daí vão resultar”.

As limitações do Porto de Aveiro quanto à entrada de navios também constituem uma preocupação para Fernando Caçoilo. Para o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, “o Porto de Aveiro é como um corpo humano: o corpo é grande, mas a garganta é estreita. Para crescer, precisa de conseguir receber maiores navios, aumentar a rentabilidade, criar oportunidades”. Na visão do autarca, “chegámos a um patamar de crescimento em que ou se dá um passo em frente ou se recua. Não há meio termo”.

A comitiva passou também pela PRIO e pela A. Silva Matos. Visitas úteis, segundo o ministro, para “perceber quais são os constrangimentos, para que faça investimento, para que se atraia novos interessados em usar o Porto de Aveiro, porque é um porto com grande potencial de desenvolvimento e nós temos que aproveitar essa oportunidade”.

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