No dia 31 de janeiro, o Partido Socialista de Ílhavo foi a eleições. A lista encabeçada por Sérgio Lopes foi a mais votada num ato eleitoral que contou com participação superior aos 92%. Dos 106 militantes com capacidade eleitoral, votaram 98 e, desses, 53 escolheram a lista A, de Sérgio Lopes, para continuar à frente dos destinos da comissão política concelhia do PS em Ílhavo. A lista B, liderada por Hugo Lacerda, ficou-se pelos 43 votos e há ainda a registar um voto branco e um voto nulo.

Sérgio Lopes não esconde a satisfação com o resultado eleitoral que, na sua análise, “expressou uma maioria inequívoca” de apoio ao seu projeto e dá sinal de “vitalidade” no partido. “A mobilização dos militantes atingiu níveis nos quais raramente tinha estado”, repara. Para o dirigente socialista, esta vitória é ainda um “reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos seis anos” e um voto de confiança no sentido de “continuar esse trabalho ao longo dos próximos dois anos”.

Hugo Lacerda, por outro lado, não escondeu estar “bastante desapontado”. Em declarações à Rádio Terra Nova na noite eleitoral, Lacerda deu os parabéns à lista vencedora, afirmando “esperar que o futuro diga que estava errado e que o projeto que mereceu a confiança dos militantes seja mesmo aquele que vai ganhar 2021”.

União ou divisão?

Apresentaram-se a sufrágio duas listas com “duas formas bem distintas de ver o futuro do PS”. As palavras são de Sérgio Lopes que, ainda assim, confrontado com a tese de estas eleições terem contribuído para uma divisão interna no partido, é perentório: “O PS é só um”. Para o presidente da concelhia ilhavense, o facto de haver duas candidaturas deve ser encarado como algo “natural na vida dos partidos” e “útil”, uma vez que “despoleta um debate de ideias e proporciona aos militantes fazer escolhas”.

Agora reeleito, Sérgio Lopes esclarece que é “presidente de todos os militantes” e que vai “considerar a opinião de todos de forma a construir soluções que sejam o reflexo da vontade da maioria dos militantes e que aproveitem o melhor que cada um dos socialistas tem para dar ao concelho de Ílhavo”.

Essa construção de soluções vai ter a sua expressão máxima na formação da candidatura autárquica às eleições de 2021. “Vencer 2021” foi lema da candidatura de Sérgio Lopes e é a ambição com que inicia o novo biénio à frente do PS Ílhavo. No entanto, para o dirigente ainda é cedo para falar do processo de escolha de candidatos, de formação de listas e de definição do compromisso eleitoral. “Seria extemporâneo estar a dizer quais são os timings de decisão que os órgãos concelhios vão definir, mas uma coisa é certa: vamos fazê-lo tendo em consideração a opinião de todos os militantes e garantindo que, independentemente de quem venham a ser os protagonistas, a autonomia, a identidade e as orientações programáticas do PS são preservadas”.

Sobre a possibilidade de, com esta derrota eleitoral, se afastar da vida política, Hugo Lacerda assegura que “não é o PS que decide quando é que termino a minha atividade política. Naturalmente, cumprirei os mandatos que assumi”. Recorde-se que, além do mandato de dois anos como membro da comissão política concelhia que vai agora iniciar, Lacerda faz parte da bancada socialista da Assembleia Municipal de Ílhavo.

A tomada de posse da nova Comissão Política Concelhia está marcada para o dia 20 de fevereiro, quinta-feira, às 21h00, na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré.

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