AFONSO RÉ LAU

Os serviços não essenciais tiveram que encerrar. E os que têm autorização para continuar abertos – farmácias, mercearias e bombas de combustível – foram obrigados a tomar medidas excecionais para proteger funcionários e clientes. Aos restaurantes também não tem restado outra opção senão limitar a atividade ao regime de take away. Quem está de portas abertas foi obrigado a adaptar-se, a alterar procedimentos, a reforçar a higienização dos espaços. 

Na Farmácia Senos, por exemplo, logo que começaram a surgir os primeiros alertas da DGS e Associação Nacional de Farmácias (ANF), foi elaborado e ativado um plano de contingência. O plano inclui medidas como a “divisão da equipa em dois turnos de trabalho, rotativos a cada 14 dias, evitando possíveis contaminações de toda a equipa” e a “entrada na farmácia limitada a dois utentes – os restantes aguardam a sua vez no exterior, mantendo a distância de segurança”. 

Foi ainda decidido proceder à “colocação de proteções em acrílico nos balcões, com cerca de 2 metros de altura, proteção dos lineares e colocação de linha de segurança no chão”, e “colocação de kit de lavagem de mãos, no exterior, pedindo a cada utente que higienize as suas mãos antes de entrar na farmácia”. Entre as várias medidas implementadas, destaque para o serviço de “entregas ao domicílio ou agendamento de entregas previamente combinadas, reduzindo o tempo de espera na farmácia e consequente acumulação de utentes”. 

Segundo testemunhou Ana Senos, diretora da farmácia, no início, os clientes “reagiram com algum espanto, mas rapidamente perceberam que todas as medidas implementadas eram não só para nossa proteção mas também para a sua segurança”. “Todos nós, enquanto sociedade, fomos surpreendidos por mudanças bruscas nos nossos comportamentos diários”, testemunha. 

A diretora reconhece que “são e serão tempos difíceis, de muita ansiedade, exigência de organização, eficácia e segurança” para a sua equipa. “Apesar do cansaço, todos estamos motivados para vencer esta batalha. Acreditamos que, se cada um de nós fizer a sua parte, e a população ficar em casa, vamos todos ficar bem”, aconselhou. 

Mercearias e talhos apostam nas entregas ao domicílio

Há também mercearias, talhos e pastelarias do município a apostar num serviço de entregas ao domicílio. Grande parte dos restaurantes optaram por encerrar portas, assim que foi decretado o estado de emergência, sendo que alguns já conseguiram reorganizar os seus serviços e estão agora a funcionar em regime de take away. O município de Ílhavo tem disponível, no seu website, a listagem dos restaurantes abertos em cada freguesia e localidade, bem como os respetivos contactos. 

Outros negócios, por exemplo, têm vindo a apostar nas vendas através da Internet, aumentando a segurança de clientes e funcionários. É o caso da empresa Pascoal, que acaba de lançar uma loja online, reduzindo o tempo de espera e o contacto entre clientes. 

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