Na transição do estado de emergência para o estado de calamidade, o Governo definiu uma estratégia de levantamento das medidas de confinamento dividida em três etapas: a primeira, que começou no dia 4 de maio, já permitiu a reabertura das lojas do pequeno comércio (estabelecimentos até 200 m2), assim como cabeleireiros, barbeiros, manicures ou similares (serviços por marcação prévia obrigatória), livrarias, bibliotecas e arquivos, comércio automóvel, repartições de finanças, conservatórias e outros balcões de atendimento desconcentrados. 

Cristina Vaz é cabeleireira e responsável pelo salão Éden, no centro de Ílhavo, mas nestas primeiras semanas desde a reabertura, ainda não teve muitos clientes. “Ainda há um certo receio por parte das pessoas”, admite. Mas, diz Cristina, “[o negócio] não tem sido mau e é muito melhor do que estarmos fechados”. De certa forma, esta retoma gradual e não abrupta até ajuda Cristina a adaptar-se à “nova normalidade”. “Nunca trabalhei por marcação, por exemplo. Ainda não estou muito habituada a gerir todos os cuidados extra de higienização, distanciamento e proteção individual com a agenda”. Cristina teve de comprar um novo tapete para a entrada, instalar uma campainha e garantir disponibilidade de gel desinfetante e máscaras. Aliás, o uso de máscara tornou-se obrigatório em espaços fechados e nos transportes públicos (que têm, agora, uma lotação máxima de dois terços da lotação total). 

A partir de hoje, 18 de maio, está previsto o retomar de atividades nas lojas até 400m2. Cafés, restaurantes e estabelecimentos similares deixam de estar limitados ao take-away e podem voltar a receber clientes, ainda que com uma limitação de 50% no número de lugares. Ainda a 18 de maio, os alunos do 11.º e 12.º anos regressam às escolas para aulas às disciplinas às quais vão ser sujeitos a exame. Museus, monumentos e galerias de arte também devem reabrir nesta fase do desconfinamento. 

Ainda antes da terceira etapa deste plano, no fim de semana de 30 e 31 de maio, está previsto o regresso das cerimónias religiosas, bem como das competições oficiais da 1.ª Liga de Futebol e da Taça de Portugal. 

Finalmente, a partir de 1 de junho, o Governo espera permitir a reabertura dos estabelecimentos com área superior a 400m2 ou inseridos em centros comerciais, cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculos, creches e ATLs.

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