O número cem sempre exerceu fascínio na vida das pessoas e das instituições, aliado a um almejado e iconográfico “cem qualquer coisa”. Nas estatísticas e nas efemérides, é omnipresente. Sobretudo na sua expressão cardinal de “centenário”. Um centenário de vida é também um modo de aprendermos a valorizar o tempo. É contar com a presença dos ausentes. É tornar novo o que se fez velho. É fazer do novo, o sempre.
Neste caso, de “O Ilhavense”, eis uma bela idade centenária! Feita por todos os que, ao longo de um século, ergueram, possibilitaram e ressuscitaram o jornal da nossa terra.
Nestes seus cem anos, “O Ilhavense” tem prestado um imprescindível serviço de proximidade em torno da nossa terra, ainda que não isento de vicissitudes e dificuldades. O balanço é positivo. Consoante os tempos do seu tempo centenário, o jornal procurou traduzir vivências, anseios e factos do modo de se ser ilhavense. Sem empanturrar indigestamente, nem superficializar na pressa. Um bom compósito de actualismo, de temas, estudos e percepções, e a preocupação de robustecer a memória na diáspora ilhavense.
Faço votos para que continue a saber exprimir este modo de transmissão.
Com independência, inovação, exactidão e inteligência.
Sempre centenariamente novo. De ser com os outros e para os outros.
E, “100 cerimónia”, por aqui me fico.

Por Bagão Felix

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