Foto: 23 Milhas

‘Palheta’, festival de Robertos e Marionetas, regressa ao município, de 4 a 6 de março, para uma quinta edição marcada por algo que caracterizou os últimos dois anos e motiva grande parte dos sete espetáculos deste ano: a mudança.

Depois do interregno de um ano, tendo em conta as circunstâncias de confinamento em março de 2021, esta edição do festival assume um formato especial, que será mais reduzido e distribuído pelos vários espaços culturais do 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo.

Com sessões para as escolas e as famílias, sem esquecer o público adulto, o ‘Palheta’ apresenta sete espetáculos que vão das propostas mais tradicionais, como o teatro de Dom Roberto da S.A. Marionetas, à exploração de novas narrativas e abordagens, como é o caso de “Fronteiras”, de André Murraças, ou de “Dura Dita Dura”, do Teatro do Ferro, que propõem uma reflexão sobre as migrações, as revoluções, os sistemas vigentes e a consciência cívica.

Para a família, o ‘Palheta’ propõe quatro espetáculos que refletem sobre temas como a memória, o crescimento, a infância, mas também a deficiência e a inclusão. “O meu avô consegue voar”, da Teatro e Marionetas de Mandrágora, aborda a memória e a saudade, enquanto “Os sonhos de Tom”, da Limite Zero, fala sobre os sonhos da infância e questiona o público sobre o que fez com os seus. “Ninho”, da Partículas Elementares, através da poesia visual, sem palavras, reflete sobre curiosidade, amizade e sobre as coisas simples da vida. Finalmente, “Alfredo, o colecionador das borboletas”, da S.A. Marionetas, não é um espetáculo sobre caçar borboletas, mas antes um importante discurso sobre deficiência, limitação, liberdade e inclusão.

O teatro de Dom Roberto mantém-se em dois dias de festival (5 e 6 de março), recordando histórias de décadas, como “A Tourada” ou “O Barbeiro Diabólico”, mas apresentando novo espólio recuperado, como “O Saloio de Alcobaça”.

Paralelamente, o ‘Palheta’ mantém o desafio à turma de artes da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com um projeto dirigido pelo marionetista e encenador Rui Queiroz de Matos, para o desenvolvimento de uma marioneta pelos alunos, que será apresentada durante o festival.

Na manhã de sábado, 5 de março, nota ainda para a oficina “Meias Monstras”, dirigida à família, que convoca os participantes a construir uma marioneta de luva.

Alguns espetáculos são gratuitos, outros têm um preço simbólico. Os bilhetes já se encontram à venda. Mais informações sobre os espetáculos, sessões e datas aqui.