Nós, portugueses, não gostamos nada de coisas assim-assim, ou é ou não é. Quando não conseguimos ser os melhores, também não havemos de passar despercebidos, toca de ser logo os piores. Ou tudo ou nada, ou Céu ou Inferno. Nada de aborrecimentos.

Como uma grande filósofa da linha de Sintra dizia, “antes falarem mal de mim do que não falarem de mim”. É, somos um bocado como as “tias”, de vez em quando.

Dizem que as artes e o desporto andam de mãos dadas. Podem andar de mãos dadas, mas pelo menos na música e no futebol as coisas andam picaditas. Parecem namorados chateados a tentar fazer mais que o outro.

Ora então vejamos estes últimos anitos. Num ano somos campeões europeus. Durante estes quatro anos somos os melhores da Europa, nada mal, nada mal mesmo. Principalmente porque nunca tínhamos ganho nada com a seleção de futebol. No ano seguinte, a música, pois, nada de ficar atrás, siga e vamos lá ganhar o festival da eurovisão. Também nunca tínhamos ganho nada por esses lados. Andava tudo em festa mas as coisas continuavam picadas. Em ano de Mundial de futebol e com o festival da eurovisão cá pelos nossos lados, iria ser difícil continuar a fazer melhor, quer na música, quer no futebol.

Pois então, a música dá o mote. Dá muito trabalho ser o melhor, campanhas de charme e tal, ia ser uma trabalheira. Meios termos é que não. Então vai logo de ser o pior. Claro! Último lugar na edição do festival da eurovisão feita em Lisboa. Não se faz por menos. Ou por mais…

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