Entre as coisas que me irritam, fazer o exercício físico é uma delas. Então, sempre que vou à médica por qualquer razão, lá vem a recomendação do exercício físico; faz bem aos diabetes, colesterol, dor de pernas ou braços, dor de rins, stress e por aí fora. Ainda para mal dos meus pecados, a minha médica ralha comigo como se eu fosse seu filho quando, na verdade, ela é que tem idade para ser minha filha, ao ponto de algumas vezes me apetecer sair porta fora do consultório ou, dar-lhe umas palmadas no rabiosque, aliás só não o faço porque provavelmente ainda seria acusado de abuso sexual.

Acontece que não tenho outro remédio senão dar umas voltas a pé ou de bicicleta… Felizmente que os habitantes de New Bedford são uns privilegiados por viverem numa cidade aonde não faltam zonas pedonais de qualidade, parte delas devidamente protegidas por varandins de alumínio, ao longo de 12 Kms, sempre à beira-mar. Naturalmente, perante a minha aversão a andar a pé mas não querendo ver a minha médica zangada sempre que me pergunta: “então, Senhor Nunes, tem feito exercício?” Vou podendo responder: “Tenho sim, Senhora Doutora, faço a zona pedonal junto ao mar”, porém nunca lhe digo que faço, na melhor das hipóteses, 2 Kms, os quais têm bancos de 100 em 100 metros para me sentar e descansar os tristes dos canivetes que me recuso a exibir, por isso, sempre de calcas vestidas.

A zona da praia é a minha preferida, havendo um local que me encanta pela tranquilidade (até foi aqui que escrevi esta crónica) pelo aroma que se respira (o iodo é normalmente uma pequena brisa que sopra devagar) pelo sol, mas também pela sombra das muitas árvores que, em dias de muito calor, também nos protegem com o bem-estar das suas sombras, aproveitando muita gente para relaxar escrevendo ou lendo um bom livro, enquanto as crianças se divertem aqui ao lado no parque infantil.

Leia o artigo completo na edição em papel.

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