Se calhar as pessoas têm mais medo do medo, do que medo, propriamente. Todos, de vez em quando, sentimos receio de sentir medo. Para não dizer que o sentimento é constante

O medo é necessário, é o medo que nos protege. O medo do medo é que nos paralisa. O medo do efeito mau deve servir para que se criem as condições máximas, para que hajam as possibilidades mínimas de algo de mal realmente acontecer.

Ora vejamos. Já se sabe que as regras de guerra serem aplicáveis às regras sociais e empresariais, já é coisa para ser utilizada há uns bons milhares de anos, por isso, às tantas, até devíamos também olhar para esta coisa de sentir medo nessa perspetiva. Numa batalha aquele campeão que não tem medo nenhum, vai acabar com rótulo de herói, no destino a eles reservado, Valhalla para os Vikings, ou, cemitério para nós! Não apenas põe em perigo a si próprio como a todos que deve proteger, apoiar, carregar se for preciso. Torna-se mais uma tarefa, em vez de ser mais uma pessoa a apoiar nas tarefas. Existe um bom exemplo no nosso dia a dia, fácil de entender. Na estrada, quem não tem medo nenhum e se arma em “herói”, também põe em risco, não apenas a sua vida, como a dos outros.

Então, e como deve servir o medo para ajudar? Deve servir para proteger, é fácil de perceber. Porque pode acontecer, então, o oposto. Voltando à mesma batalha, um outro artista não é como o primeiro, não quer ser herói e está sempre tão acagaçado de medo que simplesmente paralisa. Não vai ser chamado de herói, mas o “destino” muito provavelmente vai ser o mesmo, mas só na versão portuguesa, o cemitério, já que na versão viking, Valhalla, a coisa é só para quem é tolinho e se atira de cabeça para cima do inimigo de dentes cerrados. Os heróis.

Leia o artigo completo na edição em papel.

 

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