AFONSO RÉ LAU

Começaram já a ser instaladas, na zona do Cais da Malhada, em Ílhavo, as máquinas necessárias para empreitada de desassoreamento da Ria de Aveiro. A obra, no valor de 17,5 milhões de euros, está a cargo do agrupamento de empresas Etermar, MMAS, Rhode Nielsen, e tem um prazo de execução de 15 meses.
Segundo já tinha sido avançado pela sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, os primeiros trabalhos a executar serão os de montagem de estaleiro, prospeções arqueológicas, implantação das contenções em madeira para os depósitos de sedimentos nas margens da Ria e montagem das linhas de repulsão desde os canais da Ria até aos locais previstos para a repulsão ou deposição dos sedimentos.
Os trabalhos de dragagem incidirão nos Canais de Mira, de Ovar, da Murtosa e de Ílhavo (Rio Boco), restantes esteiros e Canais do Lago do Paraíso e da Zona Central, sendo mobilizadas cinco dragas para toda a operação, de acordo com a Polis.
Este assunto teve eco na mais recente sessão da Assembleia Municipal de Ílhavo.
Pedro Martins reclama para o Partido Socialista o mérito na concretização das obras de desassoreamento da ria, referindo que “a vontade política para que se viva e invista mais na ria surgiu, finalmente, num Governo do PS”. O deputado municipal socialista lembrou ainda antigas declarações de Fernando Caçoilo, em que este manifestava incerteza e desconfiança sobre a concretização da obra.
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo diz que prefere “não atirar muitos foguetes porque há quem ache que isto não vai resolver nada na ria.” Para Fernando Caçoilo, “o mais importante é pensar na governança futura da ria” tendo, nesse contexto, recordado declarações de João Pedro Matos Fernandes, de 2016, nas quais o titular da pasta do Ambiente prometia uma proposta que ainda hoje, no verão de 2019, não terá aparecido.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here