AFONSO RÉ LAU

Humberto Renato da Silva Rocha, capitão-de-fragata da classe de Marinha, é o novo capitão do Porto de Aveiro. A cerimónia de tomada de posse, que se realizou no dia 5 de setembro, no Farol da Barra, ficou marcada pela despedida de Carlos Isabel, que liderava a Capitania do Porto de Aveiro desde 2016.

No seu discurso de tomada de posse, Silva Rocha fez referência ao “vastíssimo espaço de responsabilidade marítima, costeiro, portuário e lagunar” da região, bem como a “elevada importância para a vida económica, social, cultural e recreativa das comunidades”. Humberto Silva Rocha, que já tinha sido capitão do Porto da Póvoa de Varzim e Vila do Conde e, mais recentemente, capitão do Porto da Figueira da Foz, garante estar “plenamente consciente da exigência” dos cargos que agora ocupa e compromete-se a “continuar o trabalho dos últimos anos”, contando com “estreita colaboração das entidades” para cumprir a missão de “garantir a segurança de pessoas e bens”.

Quanto ao capitão de porto cessante, as últimas palavras que dirigiu à região foram, sobretudo, de agradecimento. Carlos Isabel agradeceu aos autarcas, aos bombeiros voluntários, nadadores-salvadores, concessionários de praia e escolas de surf, assim como aos pescadores lúdicos e profissionais, “por terem sido parceiros dedicados no âmbito da segurança marítima”.

Do legado de Carlos Isabel destacam-se o espírito de cooperação entre a Capitania e as várias entidades que com ela se relacionaram e a afirmação de uma postura dialogante e atitude de proximidade reconhecidas por todos.  O capitão de porto cessante diz-se “convicto” de que a Capitania do Porto de Aveiro e o Comando Local da Polícia Marítima “manterão uma política de proximidade à comunidade que servem, com abertura e cooperação institucional com todos os órgãos, forças e serviços com que se relacionam”.

Carlos Isabel nunca escondeu a satisfação de ser capitão do Porto de Aveiro. Neste momento de despedida, em que cessa funções por questões pessoais e profissionais, fez referência aos amigos que leva desta região, confessando “um sentimento agridoce”, simultaneamente “de tristeza” e “de dever cumprido”. O capitão-de-fragata que, agora, vai integrar o Comando-geral da Polícia Marítima, desejou que o seu sucessor seja “tão ou mais feliz” do que ele próprio foi ao serviço desta região, afirmando: “Entrego-te a Capitania do Porto de Aveiro e o Comando Local da Política Marítima a funcionar em pleno e com uma guarnição motivada e coesa”.

(Leia na íntegra na edição em papel)

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