O Palheta – festival de robertos e marionetas – regressa à Gafanha da Nazaré entre os dias 5 e 8 de março, sob o mote da viagem. Organizado pelo 23 Milhas, o festival é transversal a vários espaços da Gafanha da Nazaré, incluindo lojas do comércio local, que foram desafiadas a participar num percurso artístico orientado pela artista Vera Alvelos.

Esta quarta edição foca-se nas exposições através de duas mostras bem distintas: uma, pensada e desenhada pelo designer Nuno Coelho, constitui uma exposição permanente sobre a relação da Gafanha da Nazaré com os robertos e as marionetas, sem esquecer um dos seus grandes impulsionadores, Armando Ferraz; a outra, praticamente inédita em Portugal, é uma exposição de marionetas do Oriente, as “Vozes da Terra”, através do espólio de Elisa Vilaça, uma viagem por formas alternativas de construir e contar o teatro de marionetas.

Mas a viagem não fica por aí: este ano, o Palheta internacionaliza-se ainda mais, recebendo companhias francesas e espanholas, além do habitual e muito português teatro de Dom Roberto, este ano representado pelas companhias de teatro de marionetas Valdevinos e pela Mãozorra.

De Espanha, a companhia Ángeles de Trapo traz Error 404 e Viajeros Del Carrusel, enquanto de França chega um pouco habitual espetáculo de marionetas, que, na realidade, são sacos de plástico esvoaçantes, manipulados não só pelos humanos, mas também pelas restantes condições externas. Além disto, mantém-se a componente comunitária chamando de novo a população da Gafanha da Nazaré, mas também dos arredores, a participar num grande espetáculo de rua orientado pela Teatro e Marionetas de Mandrágora. Além de tudo isto, há ainda o espetáculo da Partículas Elementares, João e o Pé de Feijão, uma intervenção de grandes líderes/ditadores sob fios em Discursos, dos LaFontana, e um concerto único de fusão entre a Fanfarra Káustika e a Radar 360º, na já habitual provocação do encontro entre a música e o teatro das marionetas.

O 23 Milhas promete um Palheta “de olhos postos na região, mas sobretudo de olhos abertos para o mundo, destinado a todos”.

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